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COESÃO E COERÊNCIA

Coesão e Coerência no  processamento do texto

Os elementos que constituem a textualidade, ou seja, aqueles elementos que constroem a articulação entre as diversas partes de um texto são a coerência e a coesão.

Considerando que a coerência é a lógica entre as ideias expostas no texto, para que ela exista é necessário que a ideia apresentada se relacione ao todo texto dentro de uma sequência e progressão de ideias. Para que as ideias estejam bem relacionadas, também é preciso que estejam bem interligadas, bem “unidas” por meio de conectivos adequados, ou seja, com vocábulos que têm a finalidade de ligar palavras, locuções, orações e períodos. Dessa forma, as peças que interligam o texto, como pronomes, conjunções e preposições promovendo o sentido entre as ideias são chamadas coesão textual. Enfatizamos, nesta série, penas os pronomes como elementos coesivos. Assim, definiríamos coesão como a organização entre os elementos que articulam as ideias de um texto.

O leitor deverá compreender o texto não como um simples agrupamento de frases justapostas, mas como um conjunto harmonioso em que há laços, interligações, relações entre suas partes. A compreensão e a atribuição de sentidos relativos a um texto dependem da adequada interpretação de seus componentes. De acordo com o gênero textual, o leitor tem uma apreensão geral do assunto do texto.

 

PENSAR É TRANSGREDIR

            Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos – para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.

            Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como um jarro que se renova a cada gole bebido.

            Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo. Apalpar o nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: “Parar pra pensar, nem pensar!”  [...]

 Lampejo: inspiração súbita                                                                 LUFT, Lya. Pensar é transgredir. (Fragmento)  

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